quarta-feira, 25 de abril de 2012

Relato de experiência com a palavras escrita.
ILDA LUCIA ALVES FERREIRA MATSUI



Gente sabida

O meu primeiro contato com os livros foi na infância, junto com a minha família que sempre me incentivou muito.
Meu avô era um homem muito culto e apreciava a leitura de jornais, O Estado de São Paulo e junto com o jornal vinha uma folhinha que continha textos infantis e várias atividades prazerosas como: cruzadinhas, atividades para colorir, ligar os pontos dentre tantas outras. Eu passava horas e horas fazendo essas atividades, lendo e estudando.
Nesta época, nós morávamos no sítio e não tínhamos TV nem computador. A tardezinha, depois de brincar com minhas primas de roda, passa anel e outras brincadeiras gostosas, nós nos reuníamos na casa da vovó para ouvirmos suas histórias.
Era tanta história, vovó era uma excelente contadora de história, tinha um dom incrível nas palavras e nós a ouvíamos atenta, pois a nossa imaginação voava para o lugar que a história estava sendo contada. Depois, era tanta pergunta, tanta curiosidade. Era tão engraçado, porque para vovó tudo tinha uma história, se estava batendo um bolo, aquele bolo tinha uma história e ela fazia o bolo contando essa história que parecia nunca ter fim.
Mamãe queria que fosse professora, conversava comigo, incentivava eu ler e escrever em uma lousa improvisada com um pedaço de carvão. Se brincava de escolinha com minhas primas, eu era a professora.
Lembro-me que mamãe sempre ficava perto de mim. Ela ficava horas e horas
lendo as histórias que gostava, mostrava e explicava as figuras que apareciam nos livros.
Na escola, minha professora do primário, Dona Inácia, elogiava meus textos, minha letra, a leitura e dizia:"Essa menina vai ser escritora". O elogio na hora certa é incremento à continuidade da ação.
Bons tempos aqueles, como aquelas pessoas eram sabidas e nem tinham muito estudo,mas davam muito valor a leitura e a escrita, instigava meu pensamento de criança, reservava um tempo para contar histórias, conversava , elogiava e tudo isso contribuiu para minha formação leitora e escritora.
Hoje, eu tenho o prazer de abrir um livro, mergulhar de cabeça na história, emocionar-me com os personagens,acompanhando as aventuras que vão se desenrolando uma após outras, no entanto, não esqueço das pessoas que me prepararam para enfrentar a vida como cidadã plena de conhecimentos e responsabilidades.

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